Pular para o conteúdo

Gabriel Picanço solicita informações sobre quantitativo de reflorestamento em Roraima

O deputado Gabriel Picanço (PRB) abordou em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa de Roraima nesta quinta-feira (23), sobre a inconsistência de informações da Femarh (Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) e da Fit Manejo Florestal do Brasil (empresa privada), sobre o quantitativo de reflorestamento em Roraima. Essa questão foi discutida em reuniões nos dias 21 e 22 deste mês, na Casa Legislativa.

Para ele, essa situação é preocupante porque a empresa que está autorizada a vender o reflorestamento não tem números exatos e apresentou essa inconsistência para técnicos da Femarh e do Ministério Público do Estado (MPERR). Disse ainda que alguém tem sido enganado nessa história, sendo a autarquia estadual ou até mesmo os próprios madeireiros. “Estão vendendo uma quantidade de metros cúbicos de reposição florestal que aqui não tem. A Fit quer vender 300 mil metros cúbicos para o setor madeireiro e quando foi questionado por nós quantos metros cúbicos a Fit tinha, eles não souberam dizer”, explicou.

Conforme o deputado, o ideal seria o Estado delimitar uma área própria para reflorestamento e, assim, beneficiar diretamente o setor madeireiro, inclusive com árvores nativas da região amazônica. “Acontece que, atualmente, a empresa tem tentado vender os metros cúbicos de acácias, arvores com vida útil de 12 anos, mas muitas estão morrendo e a Fit tem descontado as árvores mortas, ou seja, está vendendo um produto que está no final da vida e que não vai servir para a reposição florestal”, disse.

O ideal, segundo Gabriel Picanço, é a união de autarquias como a Femarh e o Iteraima (Instituto de Terras de Roraima), juntamente com a Assembleia Legislativa, para que consigam uma área para trabalhar a reposição florestal com espécies nativas. “Quero chamar a atenção do Estado, da Femarh e do setor madeireiro que estão sendo enganados, não sei se querem ou se estão sendo enganado só para ter facilidade”, alertou.

O parlamentar sugeriu a convocação de advogados e técnicos do Tribunal de Contas e da Fundação do Meio Ambiente para auxiliar numa espécie de investigação descobrir o quantitativo de madeira que está sendo vendida. “Pelo pouco conhecimento que eu tenho é que as contas não batem em relação a quantidade de acácias que a gente vê plantado aqui no estado de Roraima”, citou Picanço.

Em aparte, o deputado Brito Bezerra (PP) reforçou a importância do setor madeireiro para a economia de Roraima e concordou com Gabriel Picanço no quesito de se criar uma área própria do Estado para reflorestamento, mas reconheceu que fazer isso dependerá de uma engenharia complexa porque hoje 70% de área florestal pertence a áreas demarcadas pela União. “Que o Estado crie uma floresta estadual, sem a Fit e sem nenhuma outra empresa, e possa comercializar diretamente com esses empresários do setor madeireiro”, sugeriu.

Yasmin Guedes

Compartilhar
banner assembleia 300x300
banner assembleia 120x600

Arquivos

banner assembleia 120x240
banner assembleia 125x125
banner assembleia 160x600

Notícias Relacionadas